Várias dezenas de associações culturais, desportivas e sociais do concelho de Vila Nova de Famalicão ganharam, esta segunda-feira, um espaço para desenvolver as suas atividades e os seus projetos. É que a Câmara Municipal decidiu ceder, a título de comodato, as 18 escolas básicas que se encontram, atualmente, desativadas a juntas de freguesia e outras instituições do concelho. A cerimónia de assinatura dos contratos decorreu no salão nobre dos Paços do Concelho na presença do presidente da autarquia famalicense, Armindo Costa, dos vários presidentes de junta das freguesias abrangidas e dos responsáveis pelas instituições. Ao todo, foram beneficiadas 11 juntas de Freguesia (Arnoso Santa Maria, Cabeçudos, Fradelos, Joane, Mouquim, Mogege, Novais, Ribeirão, Sezures, Vermoim e Vale S. Cosme) e três instituições associativas (Cooperativa de Intervenção Psico-Social ACIP, de Joane, e as paróquias de Joane e Ribeirão).

Para Armindo Costa, "a Câmara Municipal decidiu entregar estes espaços às juntas de freguesia, pois são os seus responsáveis que sabem o melhor destino a dar-lhes". "São espaços bem localizados, espaços nobres que podem servir as populações", referiu. Armindo Costa salientou ainda que desta forma, "os edifícios não são deixados ao abandono e as instituições são responsáveis pela sua manutenção". E deixou uma mensagem: "Cuidem bem destas escolas, preservem este património".

Para o responsável pela Cooperativa de Intervenção Psico-Social ACIP, Francisco Lima, as novas instalações cedidas na antiga Escola Cima de Pele, em Joane, "representam um maior crescimento da instituição, mas principalmente a possibilidade de uma nova resposta na área ocupacional, que se revela muito importante". O responsável referiu ainda que a associação está já a preparar um projeto para efetuar obras de remodelação do edifício.

Por sua vez, o presidente da Junta de Freguesia de Ribeirão, Adelino Oliveira, que ficou responsável pela gestão de 16 salas em escolas da vila referiu que "com esta medida a Câmara Municipal proporciona um espaço físico para que as várias associações possam exercer as suas atividades com qualidade". "É uma forma de preservar estes edifícios que mantêm uma ligação afetiva com as populações e ao mesmo tempo é uma forma de servir as pessoas". O responsável revelou ainda que "os espaços já estão todos preenchidos".

Refira-se que as escolas foram desativadas na sequência da reforma do parque escolar empreendida nos últimos anos, que compreendeu a construção de novos jardins-de-infância e de novos centros escolares do 1º Ciclo do Ensino Básico.

Com a cedência dos edifícios que ficaram devolutos, a Câmara Municipal descentraliza a responsabilidade pelas infra-estruturas e garante uma nova função social dos imóveis, proporcionando, deste modo, melhores condições de trabalho às associações do concelho, cabendo a gestão dos espaços às juntas de freguesia e às instituições que vão assinar os contratos de comodato.

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