12 novembro 2007

Assembleia de Freguesia 20 Set. 2007

Noticia www.jornaldigital.com

A deslocalização da feira semanal de Joane para o novo espaço só deverá acontecer no próximo ano. Depois de ter sido apontada para Julho deste ano, a mudança sofreu atrasos, segundo informação de Sá Machado, presidente da Junta de Joane, na última Assembleia de Freguesia (20 de Setembro, Centro Cultural). O autarca, respondendo à interpelação feita por Joaquim Loureiro, da coligação PSD/PP, aponta, sem certeza, o mês de Janeiro de 2008 para a transição. A mudança da feira para um terreno adquirido pela autarquia local, situado junto à Estrada Nacional 206, foi anunciada no início de Fevereiro tendo sido apontado o mês de Julho como a provável altura da deslocalização. Sá Machado salienta que o processo de transição depende, em muito, da colaboração da Câmara Municipal de Famalicão. “Não consigo que a Câmara faça o protocolo connosco quando nos convêm. Foram-nos explicadas determinadas situações que entendemos e, por isso, continuamos a aguardar”, refere o autarca, salientando, porém, que espera para breve o retomar dos trabalhos de preparação do espaço.
PORFÍRIO PROVOCA DEBATE POR CAUSA DO ECOPONTO
Numa Assembleia onde estiveram representadas as instituições joanenses, discutiu-se, ainda, a polémica da transferência do Ecoponto do Parque da Ribeira para o Largo 3 de Julho (na parte inferior do espaço da feira semanal). A transferência não tem sido pacífica, uma vez que muitos dos moradores do prédio situado em frente ao ecoponto não concordam, tendo já sido enviado um abaixo-assinado à Junta de Freguesia. Ao contrário dos moradores, o autarca joanense, Sá Machado, não vê inconvenientes na localização escolhida pela Câmara e, por isso, diz ter-se limitado a dar conhecimento do protesto dos moradores ao vereador com o pelouro do Ambiente. A discussão sobre o assunto surgiu já no período destinado ao público, por iniciativa de Porfírio Carvalho, candidato à Junta, em 2001, pela coligação PSD/PP, e também residente no referido prédio. O presidente da Junta, acusa Carvalho, demitiu-se de fazer o que lhe competia, “limitando- se a mandar um fax em vez de contactar pessoalmente os moradores, numa atitude de pedagogia”. “Fico espantado ao ver que o presidente não é capaz de incentivar a utilização dos ecopontos, explicando junto dos moradores a sua funcionalidade”, afirmou o social-democrata. Sá Machado, por sua vez, considerou “infeliz” a intervenção do seu antigo adversário eleitoral, acusando- o de utilizar as Assembleias para fazer “comícios políticos”. “Acabou de passar um atestado de menoridade aos moradores”, rematou o autarca. Ainda sobre o assunto, refira-se a intervenção do deputado Paulo Couto (PSD/PP), que alertou para o facto de ainda não ter sido reposto o pavimento no lugar onde se encontrava o ecoponto, no Parque da Ribeira, alegadamente retirado devido a problemas de humidades. Sá Machado informou a Assembleia que a mesma empresa que tem a cargo a obra do largo da feira irá resolver a situação.
DOIS VOTOS DE PROTESTO CHUMBADOS
Os deputados aprovaram dois votos de louvor, propostos por ambas as bancadas. Um sobre a nomeação do sacerdote joanense Mário Rui Oliveira para ministro do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica; outro pelos bons resultados obtidos pela Escola Bernardino Machado num concurso internacional (tal como noticiado na última edição do RL). A coligação PSD/PP apresentou dois votos de protesto, que acabaram por ser chumbados pela maioria de eleitos do PS. Em causa, num dos protestos, está o texto do Boletim Informativo da Junta de Joane, concretamente a indicação de os eleitos do PSD/PP votaram contra o alargamento do cemitério. O que foi votado, corrigiu a oposição, “não foi o alargamento, com o qual, obviamente, concordamos, mas sim um pedido feito pelo proprietário do terreno, que entendemos não fazer sentido”, considerou Joaquim Loureiro. O segundo voto de protesto prendese com o facto de os deputados terem sido informados pela comunicação social acerca do debate que a mesa da Assembleia organizou (ver notícia nesta edição) e da criação de um blogue daquele órgão. Não está em causa a iniciativa, merecedora de aplausos, mas a forma como foi transmitida a informação, referiram. Sérgio Cortinhas, presidente da Assembleia de Freguesia, admitiu “falha de comunicação”, mas lembrou o estatuto de autonomia da mesa no que toca à organização de iniciativas. A coligação recomendou ainda ao executivo de Sá Machado que evite os “incidentes” do último encontro, referindo-se à forma como este terá respondido a questões do público, mas o voto mereceu, de igual modo, a reprovação da maioria PS da Assembleia. No encontro foi aprovada uma revisão orçamental, justificada pela admissão, através do Centro de Emprego, de um jovem ao serviço da Junta. O executivo salientou o trabalho desenvolvido pelo jovem, adiantando estarem em marcha dois projectos: “Assembleia dos pequenos” e o gabinete de apoio à população.
QUARTEL DA GNR PRONTO EN JUNHO
O atraso nas obras do quartel da GNR de Joane deveu-se a aumento do custo da obra. A informação foi prestada na Assembleia pelo presidente da Mesa. Sérgio Cortinhas referiu-se a uma informação do Ministério da Administração Interna que dá conta de um aumento do custo de 9,65% em relação ao inicialmente projectado. Segundo o Ministério, a obra recomeçou a 6 de Julho devendo ficar concluída a 13 de Junho de 2008